sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Momento psicótico e um pouco solitário.

Eu tento não pensar, juro. Mas John está sempre a me incentivar. Ele acha que para se fazer grandes coisas é preciso sentir fortes sentimentos e , de preferência, sofrer.
Ele não quer que eu vire uma masoquista sentimental, mas apenas que expresse meus sentimentos, estimulando a criatividade.
Mas John é um artista. Tenho sorte de tê-lo aqui no meu quarto. Apesar de tudo, ele é um grande companheiro.
Sua presença surgiu em uma noite chuvosa, mas só me dei conta depois, conversando com um amigo em uma loja de doces. Desde então, John me inspira com sua poesia e filosofia de vida.
De vez em quando, John desaparece. Quando acontece me sinto estranhamente vulnerável, mas quando ele percebe minha fragilidade, volta logo. As vezes traz até visitas! George adora passar aqui e tomar seu chá da tarde,
Parece loucura, mas minha vida se coloriu após essas visitas ilustres. Observar John em seus momentos de criação é emocionante.
Esta tarde, ele resolveu dar um passeio por aí. ele está aproveitando esse período, pois estou mais ocupada e mal paro em casa. mas quando temos um tempo, parece um sonho. É mágico.
O meu quarto se tornou seu lar, sorte a minha que posso sempre contar com sua companhia. Agora mesmo tenho que parar de escrever, pois John voltou e se sente carente.
Ah, esses artistas...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um conto sobre a rotina

E de repente eu acordei. E como em todas as manhãs, levantei da cama, me espreguicei e fui me alongando enquanto caminhava para o banheiro. Lavei o rosto, escovei os dentes e de volta ao meu quarto tirei o pijama e coloquei o uniforme, comecei a me arrumar e já pronta fui para a cozinha tomar o café da manhã lendo um gibi de aventura. Quando terminei, voltei para o banheiro escovar os dente novamente e depois para o quarto pegar minha mochila e saí.
Mas havia algo estranho. Olhei para o céu, estava muito escuro ainda, era possível até ver as estrelas, localizei as Três Marias e continuei andando em direção ao ponto de ônibus. A rua estava vazia, muito silenciosa para ser 6 horas da manhã. Olhei para frente e vi um bar aberto, como homens sentados na calçada a frente, achei curioso e resolvi olhar para o relógio, que marcava 3 horas. Me assustei, imaginei que o relógio estava quebrado e peguei meu celular que também marcava o mesmo horário. Saí correndo de volta para casa, subi depressa as escadas, tirei o uniforme e pus de volta o pijama, me enfiei debaixo do cobertor e voltei a dormir com o coração batendo forte. Acordei novamente, só que desta vez atrasada.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ensina-me a Viver

Já faz um tempo, umas semanas para ser mais precisa, que eu vi o filme "Ensine-me a Viver" (Harold and Maude em inglês. Sim, eu também não entendi a tradução) . E ele não sai da minha cabeça.




O filme é lindo, conta a história de um adolescente que gosta de simular suicídios, Harold, que encontra uma senhora que, por sua vez, prefere curtir a vida, Maude. Tenho que admitir que sou muito sensível, e que não é muito difícil algum filme, música ou livro mexer comigo, mas esse filme realmente me tocou. Tudo nele é emocionante, desde os diálogos até a trilha sonora.
Ah, a trilha sonora, essa é um capítulo a parte. Ela foi toda feita pelo Cat Stevens, o que foi uma combinação perfeita. Só mesmo vendo o filme para entender.


E uma música, uma das minhas preferidas, da trilha sonora:




Queria ser livre como a Maude e conhecer um Harold...